Poesias
Quarta Feira
Quarta é um dia dificil
fica entre a dor de voltar a trabalhar na segunda
e a esperança do final de semana da sexta
Assim, me sinto meio sem saber o que falar da quarta
Tenha um excelente dia, já que eu estou perdido entre a dor da segunda e a expectativa da sexta, e nem consigo sentir o amor que sentias ao me mandar aquele texto lindo
Melancolia e alegria
Estou com crises de melancolia e alegria
Olho esperançoso a menina cabelos ao vento que passa na praia
E lembro chorando teu riso, tua alegria, teu cantar
Eu olho o doce balançar da menina que passa em Copa
Relembro, chorando, as mentiras suaves que vc me pregou
Eu sinto a mão doce da loira a me dizer palavras de amor
Eu sinto o beijo faminto de um amor que não tenho
E relembro chorando teu beijo, tua língua
O corpo lindo que acorda junto ao meu não me é conhecido
A beleza estranha me enjoa enquanto o desejo cresce no meu ventre
Choro teu amor perdido e faço amor com uma estranha que me ama
Alma
A minha alma é alegre e azul
A minha alma vive rindo
Mas guarda num cantinho escuro
O fogo frio do inferno
A minha alma acaricia
E sorri ao vento suave da noite
Mas guarda atraz de uma pedra fria
O fogo negro do inferno
A minha alma é beijoqueira
E te abraça com muito carinho
Mas guarda num recanto pequenino
O fogo estridente do inferno
A minha alma gosta de carinho
E responde a cada riso com mais riso
E a cada beijo com mil beijos
Mas guarda num armário empoeirado
O fogo ardente do inferno
Não bata em minha alma
Não machuque a minha alma
Pois você pode abrir sem querer
As portas leves do inferno
Dor
Dor é algo que se sente
No coração
Dor não tem valor
Não tem tamanho
Não tem sentimento
É só dor
Dor é quando se manda um amor embora
É quando se queima todas as pontes
E ainda olha para o outro lado a espera o seu amor atravessar
O amor que já se foi sem olhar pra traz
Dor é quando se machuca alguém que te ama
Sabendo que se vai machucar
Dor é matar quem se ama
E chorar a beira da sepultara pedindo para ele voltar
Paixão
Eu pensei nunca mais me apaixonar
Jurei não querer mais ninguém
Fiz figa, tomei calmante
E até me afastei de quem me queria bem
E aí, pelas ondas da internet, em vôo rasante
Chega você, como um tsunami em praia mar
E eu, sem querer, negando, doendo, apaixonei-me
Já tive três paixões em minha curta longa vida
Já tive três amores
E sempre pensei que três era um numero perfeito
E que não ia me apaixonar
Não ia mais amar
Não ia mais casar
E eis-me doido, desvairado
Disposto a correr monte acima
A ver o sol nascer e o sol morrer
A querer-te comigo nestes montes
Próximos ao ferro duro de Itabira
Neste montes por onde nasceu a musica de Milton
Neste montes que não queria mais rever
Quanto tempo faz que subia os morros dessa cidade
De mãos dadas procurando o sol
Quanto tempo faz que andava de pedalinho
Pela lagoa de pampunha dividindo o pedalar
Não sou mais criança
Não sou mais adolescente
E o frio é igual, e a dor do esperar
E descubro-me, maduro, apaixonado igual adolescente
Por alguém que só vi em fotos
E conhecei nas ondas eletrônicas
(me vejo, de repente, lembrando os noivados da idade média
Onde só se conhecia a noiva pelo retrato feito pelos pintores
E só se via o real no dia do casamento)
Diga, paixão minha, queres que eu vá te encontrar
Dizes uma palavra só e me despenco desta praia
E te espero na saída da faculdade
Tremendo
Com uma rosa na mão
E o coração a disparar
Festa triste
Levantei hoje após a festa triste
Eram 9 hs da manhã e eu tinha dormido chorando
Não me lembrava deste detalhe
E não tinha vontade de ir a praia
Comecei a ler e senti sono
Dormi de novo após o café
Acordei várias vezes e dormia
Levantei, finalmente, ao meio dia
E não sabia o que fazer
Almocei
Descobri que meu sobrinho saiu com a namorada porque ela passou mal
Estão no hospital quando chegou um sofa e um movel dele
Tomei sol na janela
Tomei banho
Assisti um episódio de jornada nas estrelas
Estou imprimindo um texto para levar para uma reunião
E escrevo este e-mail
Sem eira nem beira
Em formato de poesia
Sem poesia alguma
Apenas com o banal da vida solitária
Que se derrama e se acaba sob o sol do Rio de Janeiro
Na brisa leve do mar
Torta de Cereja
Ou então de morangovermelho como vermelho é o coração
embora eu achasse que cerejas eram frutas lindas feitas de sonho
quando lia as revistas em quadrinho que falavam em catar cerejas na neve
Eu não tinha neve nem cerejas
E descobri na Europa que as cerejas são deliciosas
E comprei tantas que a lata de lixo do hotel não cabia os caroços
E fiquei olhando a cara de espanto da faixineira no dia seguinte sem poder lhe dizer o que aconteceu
porque ela não entendia meu frances
O que se pede a um ex-amor que você abandonou
Você pede que ele não lhe tenha raiva
(e ele diz que não tem, mas cada silaba
Cada palavra
Cada gesto
Cada carta
Destila um ódio em que o amor se transformou)
Você pede que ele lhe compreenda
(e ele diz que compreende, mas no seu olhar
O que sobrou foi a decepção
Decepção amarga
Que lhe corroi o coração como fel
Que destroi o doce sabor do carinho que um dia lhe teve)
Você pede que ele não viva só os últimos dias
(e ele se lembra dos últimos 6 meses, do ultimo ano
E lembra a falta de carinho
A falta de calor
O desespero de não saber o que aconteceu
A tentativa louca de lhe dar amor
E nada receber em troca)
Você pede que ele preserve tudo de bom que viveu ao seu lado
(e foi isso que ele tentou, desesperadamente
Em cada gesto, em cada olhar, nas flores e nos jantares
No carinho com que te recebia
Na confiança que em ti depositava
Na amizade que lhe devotava
No compreender a falta de desejo)
Você pede que o final da historia não fique tão mal assim
(e ele que diz que não ficou
E ele jura que esta tudo bem
E que um fim ruim não enterrou tudo de bom que viveram
E ele se pergunta se viveram algo real
ou se foi tudo um grande engano)
Você diz que mede as palavras para não lhe desagradar
(mas o que desagrada é tua ausência
Que palavra nenhuma pode consolar)
Você pede que pare os xingamentos
(e ele lhe diz palavras doces
Mas em cada uma delas existe o fel
A dor da sepração
E um xingamento que não sai pela boca mas fica no coração)
Você diz que talvez seja melhor cortar relações por algum tempo
(e ele não compreende
Como você pode dizer que quer fazer amor selvagem
E não ter relações
E não namora-lo
E não encontra-lo)
Você diz que não pode lhe pedir paciência
E paciência é, talvez, tudo que ele pode lhe dar
Beijos
Do teu ex-amado
Cacos
A brisa é tão suave
(as pessoas não são)
As folhas das arvores transmitem paz
(as pessoas não)
O suave murmurar da lagoa
(é cortado pelos carros em alta velocidade na pista ao lado)
A praia espraia-se branca ao lado da calçada de pedras
(e meu olhar debruça-se na puta que me sorri enquanto seus olhos espantados sofrem)
As ondas batem suaves na praia
(enquanto lembro meu gozo dolorido chorado na tua buceta quente)
A brisa da noite é fresca e espanta o calor
(os cabelos da puta menina-moça esvoaçam enquanto lembro teu choro no gozo)
As estrelas brilham ao longe escondidas por lâmpadas amarelas
(e lembro você mostrando teu cu, pedindo pra bater em tua bunda e gozando junto comigo)
O limo das pedras brilha no luar da noite
(a porra escorre de tua boca enquanto minha respiração volta ao normal)
Meu coração, quebrado, bate tanto que penso que sairá pela boca
as panelas quebram-se em cacos amarelecidos juntos com os vasos
Formando uma cacofonia estranha no banheiro junto ao branco do sanitário
As lagrimas descem pelo meu rosto
E não há mais tempo para nada, nem pra respostas, nem para perguntas
Sobra o doce amargor da solidão
O silencio quebrado da madrugada pelas explosões de dinamite que cortam o Cantagalo
Do martelo pneumático e das brocas que furam o chão duro
Esperando o metrõ enquanto o ruído estridente das motos furam o suave da noite
Já estremecido pelos cacos que voam de um amor que não mais existe.
Beijos
Beijos
Espalhados pelo ar
Beijos
Que quero te dar
Beijos
Arrependidos
Beijos
Malditos
Beijos
De judas
Beijos
De amor
Beijos
Selvagens, mordidos
Beijos
Que descem da boca ao pescoço
Beijos
Que acariciam o umbigo
Beijos
Colados
Beijos
Flutuando nas ondas do mar
Beijos
Que entre tuas coxas umidas
Beijos
Que te fazem estremecer
Beijos
Que não queres receber
Tentação
E o que falta para que sucumbas a tentação?
Palavras meigas? dir-lhe-eias.
Mandar-te flores? mandarei
prometer beijar-te? prometo
Ah, as tentações são muitas e você tem que cair…
Juro que estou empurrando…
E me empurre na tentação também
Pegarei toalhas para te dar na mão quando acordares
O café estará pronto, junto com pão de queijo quentinho
Ouviremos música suave (lamento dizer que a vista do meu apartamento não é tão bonita)
E conversaremos sobre o mar, sobre a brisa que fez ontem a noite e sobre poesia, sobre o filme que assistimos e assistiremos
E te levarei para conhecer o Jardim Botanico e veremos a vitoria regia e as palmeiras que d. João VI plantou
Isso é tratamento de visita?
Louco Acho que nasci louco
Louco por não conseguir entender que as pessoas se odeiam ao invés de se amar Eu confio em todos e, quase sempre, me engano E continuo a confiar…Assim, não me metem medo os maniacos da Internet Acho que sou mais doido que eles por confiar nas pessoas
Noite A noite apaga as dores A noite apaga a felicidade A noite apaga tudo E todos os gatos se tornam pardosA noite é dura e dificil A noite nos leva ao desespero A noite é boa quando vemos as estrelas, a lua, o mar Mas a noite é triste Escura E…é noite |
muito boa a suas poesias ta de otimo